A Fajã de João Dias é uma fajã que pertence à freguesia dos Rosais, Concelho de Velas e situa-se na costa Norte da ilha de São Jorge.
Até agosto de 2021 o caminho que lha dava acesso, era um trilho pedestre estreito e bastante inclinado, que começa numa pastagem à beira da rocha, leva cerca de 35 minutos a descer e 60 minutos a subir. Este trilho apresenta uma riquíssima variedade de flora característica da macaronésia ao longo de todo o seu percurso, destacando-se a costumada variedade de espécies escalonadas pela altitude.
Atualmente tanto se pode utilizar este trilho pedestre, como aceder pelo caminho de acesso por automóvel que foi uma obra levada a cabo pelo Município de Velas, num processo que demorou cerca de 20 anos, cuja obra se desenrolou por três fases, tendo um custo superior a 800 mil euros.
Ao longo do tempo o parque habitacional desta fajã tem variado, tanto no número de habitações, como na sua qualidade de construção. Nos censos de 2021 constava com 64 casas, incluindo as ruínas.
Durante muito tempo teve apenas um habitante durante todo o ano até ao seu falecimento.
Esta fajã de João Dias era pobre em água, porque não tem ribeiras e tinha apenas uma fonte, o que obrigou a que todas as casas tivessem cisternas para aparar a água da chuva durante alguns anos. Com a chegada do caminho de carro, foi avançado em simultâneo a rede de abastecimento público de água à fajã.
Antes do terramoto de 1980, (1 de Janeiro de 1980) existia nesta fajã uma fonte que com o tempo e provavelmente devido às convulsões geológicas acabou por secar.
Corria o ano de 1990 foi aqui construída uma ermida dedicada a São João Evangelista, a Ermida de São João Evangelista cuja festa se realiza no primeiro domingo de agosto.
Não tem porto de pesca, o que implica que os barcos existentes nesta fajã sejam varados na baía da Fajã do Calhau Rolado, ali próxima. A pesca é feita de cana com anzóis e os peixes mais apanhados são a anchova, a salema, o sargo e o mero. Existem muitos cagarros e periquitos, estes últimos em estado selvagem.
Uma das características desta fajã é o pequeno areal que se dispõe junto ao mar, fazendo as delicias no verão dos moradores e dos visitantes, pois proporciona uma boa zona balnear.
No ano de 2021, além da inauguração do caminho de acesso automóvel a autarquia realizou outras obras na fajã, nomeadamente a reabilitação de vários espaços públicos, instalações sanitárias junto à ermida, assim como colocação de madeira tratada em algumas zonas de proteção junto à orla marítima.
O Parque Florestal Sete Fontes é um parque florestal com cerca de 50ha localizado na freguesia dos Rosais, na Ponta Nordeste da ilha, no concelho de Velas.
Este parque teve início no ano de 1962 e foi oficialmente inaugurado em Agosto de 1976. Em 1962 deu-se início à reconversão dos terrenos que hoje pertencem ao Parque Florestal Sete Fontes, outrora apenas terrenos baldios por iniciativa dos Serviços Florestais da ilha de São Jorge, debaixo da orientação do então engenheiro João Taveira.
Este parque ao longo das três décadas após à sua conclusão foi sendo sucessivamente ampliado e melhorado com o plantio de várias espécies introduzidas e endémicas da Macaronésia, ao ponto de receber em 1989 a classificação de Reserva Florestal de Recreio.
Localiza-se longe do mar para os padrões de ilha, o que lhe permite ter uma flora de montanha bastante diferente da que usualmente rodeia a costa e zonas costeiras das ilhas.
Dada a cota de altitude a que se encontra e a se encontrar longe de qualquer povoado desfruta do ambiente puro da montanha. O espaço é amplo e permite uma interação plena do homem com a natureza.
Aqui é possível encontrar viveiros para diferentes tipos de plantas que daqui são depois transplantadas para outros locais da ilha, lagos calmos e tranquilos, locais de diversão infantil. Para piqueniques existem uma série de mesas de pedra e alvenaria que foram dispersas por entre o arvoredo.
O espaço é densamente arborizado e percorrido por largos arruamentos no seu perímetro exterior, e inúmeras veredas no perímetro interior. Estas veredas interiores conduzem a lagos e tanques, viveiros de traçado mais formal, recinto de recreio infantil, recinto para merendas, relvados arborizados e algumas construções de apoio junto às entradas Norte, Noroeste e Sudeste
Ao longo dos séculos, o espaço dada a sua importância hidrológica foi sempre protegido da intervenção humana. Aqui concentram-se diversas nascentes e ribeiras e terá sido isso que levou a ser protegido da devassa dos animais e da exploração agrícola, como provam antigas posturas municipais.
Este parque é atualmente abrangido pelo Sitio de Interesse Comunitário da Ponta dos Rosais, sitio este que integra a Lista de Sítios da Rede Natura 2000, que foi aprovada por decisão da Comissão (2002/11/CE). E é especialmente rico nos habitais naturais das costas macaronésicas, mantidos quase inalterados com os característicos matos de Erica azorica e vegetação vivaz das plataformas de calhaus rolados.
Este parque pela sua diversidade de locais, bem como pela variedade da riqueza vegetal que apresenta, reúne vários motivos de interesse. Os arruamentos internos, quase todos feitos em saibro vermelho de origem vulcânica, saibro este que geologicamente falando é espuma vulcânica oxidada por ter grande quantidade de ferro, apresentam-se regulares e ladeados por sebes de buxo.
A cobertura vegetal é bastante densa e variada predominando as criptomérias, as hortênsias, a conteira. Apresenta um variado coberto de herbáceas, que é composto por variedades de fetos comuns, Fucsias, e diversas trepadeiras; surgem ainda, Azáleas e Fetos arbóreos.
Este conjunto vegetativo dá origem a uma atmosfera densa e muito rica em formas, cores e brilhos.
Neste parque existe um modelo de um bote baleeiro feito em argamassa que foi oferta de um imigrante à saga do homem baleeiro visto a atividade da baleação ter marcado muitas das gerações da ilha de São Jorge. Para reforço da ideia o barco foi carregado com um painel de azulejos que são uma réplica do conhecido quadro de Domingos Maria Xavier Rebelo, “Os Emigrantes”.
Para complemento foi construído neste parque um típica cozinha rural da ilha de São Jorge do início do povoamento que se apresenta como uma construção feita em pedra seca e com cobertura de telha de meia cana típica dos Açores.
Este exemplar de uma cozinha tradicional, representa que na casa popular onde as cozinhas muitas vezes eram construídas num bloco separado da restante habitação. Facto a notar é a falta da chaminé, isto deve-se também ao facto de antigamente ser vulgar o forno interior, e a libertação dos fumos ser feita por uma simples abertura no telhado.
Localizada no extremo noroeste de São Jorge, esta área protegida possui cerca de 170 hectares e eleva-se até aos 376 metros de altitude.
Devido às suas características geológicas e aos fatores naturais presentes, como os ventos húmidos ciclónicos e a agitação marítima, nesta zona os habitat de montanha juntam-se a elementos costeiros, acolhendo uma diversidade de espécies de flora e fauna, destacando-se um grande número de aves marinhas nidificantes.
A Ponta dos Rosais é caracterizada por altas e declivosas falésias costeiras e vários ilhéus, apresentando uma imponente ponta rochosa que se prolonga para noroeste na zona marinha adjacente, sob a forma de uma cordilheira vulcânica submarina.
A erosão marinha pôs a descoberto a sequência estratigráfica e a estrutura interna deste sector da ilha de São Jorge, incluindo os cones vulcânicos existentes, diversos filões, uma chaminé e afloramentos de escórias basálticas com diversas granulometrias e tonalidades, desde negras a avermelhadas.
A parte alta da Ponta dos Rosais apresenta-se como um pequeno planalto, onde está implantado o antigo farol e cuja paisagem, para sudeste, é caracterizada por cones vulcânicos de formas suavizadas e crateras mal definidas.
De entre as aves marinhas que nidificam neste Monumento, salienta-se o garajau-rosado (Sterna dougallii), o garajau-comum (Sterna hirundo), o frulho (Puffinus Ilherminieri baroli) e o cagarro (Calonectris borealis). Importa também referir algumas espécies de avifauna terrestre como o milhafre (Buteo buteo rothschildi), o pombo-torcaz dos Açores (Columba palumbus azorica), o tentilhão (Fringilla coelebs moreletti) e o canário-da-terra (Serinus canaria).
Relativamente à flora, e devido às caraterísticas singulares deste lugar, é possível observar um prado de labaça-das-ilhas (Rumex azoricus), espécie protegida que forma comunidades em escassos locais. Realçam-se ainda outras espécies endémicas como a urze (Erica azorica), a não-me-esqueças (Myosotis maritima) e o bracel-da-rocha (Festuca petraea).
Esta área está integrada na Zona Especial de Conservação (ZEC) Ponta dos Rosais, no âmbito da Rede Natura 2000, constituindo também uma Área Importante para as Aves e Biodiversidade (IBA – Important Bird and Biodiversity Area) da organização BirdLife International e um geossítio do Geoparque Açores – Geoparque Mundial da UNESCO.
O Miradouro da Fajã de João Dias é o miradouro mais recente da freguesia (inaugurado em 2021) e fica localizado na freguesia dos Rosais, no início do acesso do caminho automóvel à fajã de João Dias.
É um miradouro onde foi instalado um baloiço, sobranceiro à Fajã de João Dias e que permite vislumbrar uma panorâmica única, tendo como pano de fundo a Fajã de João Dias e a Costa Norte da Ilha.
O Miradouro da Fajã de Fernando Afonso é um miradouro localizado dentro do Parque Florestal das Sete Fontes que faz parte do Sitio de Interesse Comunitário da Ponta dos Rosais. Localiza-se na freguesia dos Rosais, concelho de Velas.
Este miradouro encontra-se rodeado de uma grande variedade de flora típica da Macaronésia, nomeadamente a Erica azorica. Deste miradouro estende-se uma paisagem grandiosa sobre as altas falésias da costa norte, algumas com mais de 600 metros de altitude, daqui pode ver-se no fundo das referidas falésias a Fajã de Fernando Afonso, Fajã da Pelada, Fajã de Vasco Martins, Fajã Rasa, Fajã da Ponta Furada, Fajã do Ouvidor.
É ainda possível ver deste miradouro a ilha Graciosa e a ilha Terceira.
O Miradouro do Pico da Velha é um miradouro localizado dentro do Parque Florestal das Sete Fontes que faz parte do Sítio de Interesse Comunitário da Ponta dos Rosais. Localiza-se na freguesia dos Rosais, concelho de Velas, no Cimo do Pico da Velha.
Este miradouro oferece uma vista panorâmica da freguesia dos Rosais e sobre as ilhas do Grupo central dos Açores, nomeadamente a ilha do Pico e a ilha do Faial na parte Sul e ainda a ilha Graciosa e Terceira na parte norte do Pico da Velha.
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