A Casa Mortuária dos Rosais foi inaugurada no dia 19 de outubro de 2013. Esta obra resultou da adaptação do anterior Edifício Sede da Junta de Freguesia a uma Casa Mortuária para que a Freguesia dos Rosais pudesse contar com mais esta valência de considerável importância a nível social, criando assim melhores condições à população da Freguesia.
Esta ermida dedicada a São João Evangelista foi construída em 1990 e apresenta um bom trabalho em alvenaria, estando pintada de branco com barras azuis junto ao teto, este que é coberto por telhas do tipo regional na cor vermelho alaranjado natural.
A Ermida de São João Batista está localizada dentro do Parque Florestal das Sete Fontes, tendo sido construída entre 1976 e 1978, com o apoio dos Serviços Florestais. A iniciativa da sua edificação partiu de uma comissão de emigrantes luso-americanos e do pároco da Freguesia dos Rosais, Hermínio Silveira. A Ermida possui uma torre central e um alpendre fronteiro.
A Ermida possui também um altar destinado a ser usado durante as missas campais que se realizavam neste parque no mês de agosto de cada ano, por altura das festividades do emigrante.
Recentemente, estas festas, têm sido realizadas pela altura de São João, data das festividades do Santo venerado nesta Ermida.
A Igreja Paroquial de Nossa Senhora do Rosário, fica localizada no centro da Freguesia dos Rosais, no Largo da Igreja, recentemente alterado para Largo Batista Sequeira Vieira, por homenagem ao benemérito emigrante desta Freguesia.
Da primitiva Igreja Paroquial, localizada no mesmo local, pouco se conhece relativamente à sua história, pois são escassas as notícias a respeito da mesma que nos são dadas pelos historiadores da Ilha. No entanto, a Igreja paroquial de Rosais aparece já perfeitamente documentada na centúria de quinhentos, tal como se infere do Auto da Eleição Trienal de 8 de Janeiro de 1559, que se passa a transcrever: “(…) [aos oito dias de Janeiro do dicto anno] nesta casa da camara da villa das Vellas desta ilha de São Jorge, estando aí ho senhor Guilhelme Sillveira ouvidor do senhor capitão pera fazer a enlleição dos juizes he vereadores he officiaes pera tres annos comfforme ao regimento dell Rei noso senhor he por ele, ouvidor, foi dito que esta segunda-feira pasada elle mandara aos vereadores he juizes deste presente anno que mandasem às freygasias termo desta villa deitar pregões que todos viessem oge pera fazerem enlleição he asi mandasem apregoar nesta villa que a campam tangida se ajuntasem todos neste dicto dia pera fazerem a dicta enlleyção he lhe fez logo pergumta se fizerão o que lhe mandara he que Mateus Gonçallves porteiro foi a fazer a dicta delligencia. E digo que elles dixerão que Mateus Goncallvez porteiro fizera a dicta delligencia. He Mateus Goncallvez porteiro deu logo fe que fora a Rosalles e na Igreja, oge à misa, notefiqara a todos os freigeses que aí estavão que logo viesem. He ho dicto porteiro porante mim esprivão deitou pregão na praça he foi por as ruas apregoar com pena de mill reaes que todos se ajuntasem nesta casa da camara pera se fazer a dicta enlleyção, isto por mandado do senhor ouvidor he offiçiaes. E logo se ajuntou ho povo a campam tamgida. He o senhor ouvidor começou a tomar as vozes pera os seis enlleitores”. (In Vereações de Velas introdução, transcrição e notas de António dos Santos Pereira, 1984)
No início do século XX esta Igreja tinha vigário, cura e tesoureiro. A primitiva casa de passal para o vigário foi legada em 1684 por Braz Dias Bello, e o cemitério local ficava localizado junto à igreja, tendo sido efetuado o primeiro enterramento em 1842. Houve alturas em que a falta de capacidade do cemitério, pois só tinha de área 197 metros quadrados, e de condições higiénicas, levaram a que os defuntos fossem sepultados no cemitério das Velas.
A imagem de Nossa Senhora do Rosário foi adquirida a expensas do povo da paróquia, por iniciativa do seu vigário padre José de Simas Macedo, tendo sido colocada na igreja no ano de 1859, vindo desde as Velas em procissão.
A festa do orago celebra-se a 15 de agosto.
A 9 de dezembro de 1876 foi também colocado na torre da igreja um belo sino, o qual foi igualmente adquirido pelo povo. Este templo, desde logo dedicado a Nossa Senhora do Rosário, teria sido reconstruído durante o século XVIII. Após a crise sísmica de 1964, o edifício sofreu novas intervenções arquitetónicas, sendo mesmo alterada a posição da sua torre que, atualmente, se levanta no lado direito do frontispício da Igreja, se a tomarmos como um corpo, e no lado esquerdo, na visão de quem a observa de frente. Na sequência dessas reformas, este Templo assistiu ainda à alteração dos seus altares e à destruição do seu púlpito, entre tantas outras modificações.
No ano de 2009 foram efetuadas diversas beneficiações na igreja com especial atenção para os altares que se encontravam bastante degradados, tendo sido efetuado o restauro dos mesmos. Estas melhorias tiveram a colaboração imprescindível dos emigrantes desta Freguesia, pois sem a mesma não teria sido possível efetuar essas intervenções, bem como o contributo da benemérita, Sr.ª Lídia Borges Oliveira Cunha, falecida a 13 de setembro de 2008, tendo deixado em seu testamento uma quantia de valor considerável para a Igreja Paroquial de Nossa Senhora do Rosário, a qual foi utilizada integralmente na recuperação da Igreja.
As Festas do Divino Espírito Santo nos Açores remontam aos primórdios do povoamento no arquipélago e constituem um dos mais elucidativos testemunhos de fé do Povo Açoriano.
Estas festividades tiveram origem em Portugal Continental (provavelmente com a Rainha Santa Isabel) e foram introduzidas nas ilhas atlânticas pelos primeiros povoadores. Mas, e uma vez no microcosmo insular sujeito a sismos e a erupções vulcânicas, foram adquirindo características únicas, em que o profano muitas vezes se mistura com o sagrado numa genuína demonstração da cultura popular.
Todas as Ilhas dos Açores têm a sua forma muito peculiar de celebrar estas festas, sendo de realçar a Ilha de Santa Maria, Terceira, São Jorge e Pico, onde o carácter extrovertido e festeiro do Açoriano se manifesta de uma forma mais acentuada.
Na Freguesia dos Rosais o primitivo Império do Espírito Santo ficava localizado no lado sul da Igreja Paroquial do outro lado do caminho, tendo posteriormente sido construído o atual e novo Império em outro local do Largo da Igreja, sendo a sua frontaria decorada com grandes janelas e encimado por uma coroa do Espirito Santo. Na lateral do edifício, existe a copeira, utilizada na altura da Mordomia, para guardar os bolos de véspera, os tremoços e o vinho, que são distribuídos durante a Ramada.
Dentro do Império, existe um altar onde são guardadas as Coroas e restantes insígnias do Senhor Espírito Santo, durante o ano. Este edifício, à semelhança do que acontece nos Açores em geral, possui uma dimensão pequena,sendo basicamente a “casa das Insígnias do Espírito Santo”.
Este Império do Espírito Santo é utilizado para todas as actividades inerentes ao culto do Divino Espírito Santo, em diversas ocasiões e festividades ao longo do ano, com maior incidência no período a seguir à Quaresma.
Festa do Espírito Santo – Neste contexto, o sábado do Espírito Santo e da Santíssima Trindade são comemorados na freguesia com a realização das mordomias, sendo estas realizadas pela população da freguesia que anualmente nomeia os 10 subsequentes vizinhos, de um ano para o outro, denominados “mordomos”, estes são responsáveis pela organização da festa, que consiste na distribuição de massa doce “biscoito” e o famoso queijo de São Jorge, vinho de cheiro e sumo “refrigerante”, durante todo o dia a todos os que aparecem, enquanto se ornamentam os peculiares e únicos carros das bandeiras, que no domingo acompanham o cortejo, este que é da responsabilidade do Imperador que normalmente por promessa ao Divino Espírito Santo, após uma semana a alumiar as coroas, com a reza diária dos terços, leva estas à igreja. Sendo posteriormente distribuído aos convidados as tradicionais sopas do Espírito Santo e como sobremesa as papas de arroz “arroz doce”, sendo que no decorrer da tarde, com os carros das bandeiras expostos em frente ao coreto, decorre entre o Império e a Igreja a chamada ramada, representada pelos denominados cavaleiros, que passeiam e apresentam diversos artigos da gastronomia rosalense, ao toque de um tambor e cânticos dos foliões, alusivos a estas festividades.
Ao final da tarde são distribuídos a todos os presentes um bolo de véspera, o qual é da responsabilidade da mordomia e que foram doados para efeito pela população da freguesia.
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